quarta-feira, 11 de junho de 2008

São Luís: " O maior arraial do Brasil"


O momento mais esperado para boa parte dos maranhenses acaba de chegar... o São João. Essa festa move muitos brincantes das tradicionais festas da ilha... O São João do Maranhão além de possuir excelentes atrações culturais possui o que o povo chama ... de "amor" a essa festa maravilhosa. Bom , resumindo : curta todas as noites do mês de junho com muito amor festejando essa maravilhosa festa, essa é a melhor dica!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Sobre carros e chuva

Certa vez, voltando para casa, ouvi uma senhora comentar “São Luís não tem carro velho”. E é verdade. São Luís conta hoje com uma frota de mais de 205 mil veículos, o que representa aproximadamente um veículo para cada 5 pessoas do município. Tamanha frota permite muitos benefícios a seus usuários, porém traz vários problemas associados, de cunho social e ambiental.
Entre os problemas sociais mais óbvios, podem ser citados trânsitos caóticos e congestionamentos, decorrentes da não-realização de obras de infra-estrutura das vias urbanas no mesmo ritmo do crescimento do número de carros; estresse dos usuários de trânsito (e neste grupo incluem-se os pedestres, ciclistas e motociclistas); e o inchaço no sistema hospitalar, em virtude do aumento no número de acidentes de trânsito.
Entre os problemas ambientais, tem-se, sobretudo, a poluição atmosférica. Não estão sendo desconsideradas a poluição sonora, do solo (pois lixo é jogado pelas janelas de ônibus e carros, não equipados com lixeiras) e até visual (afinal, congestionamentos não são belos), mas a poluição atmosférica é, de longe, a principal conseqüência nociva do aumento do número de veículos de uma região.
No ano de 2006, uma dissertação do mestrado em sustentabilidade de ecossistemas (UFMA) apresentou, pela primeira vez, dados sobre a química atmosférica de São Luís, através da análise da chuva de dois pontos do município, coletados durante um ano. Para fins de comparação, também foi coletada a chuva que caía em Panaquatira (município de São José de Ribamar), pois este local, pelas condições meteorológicas do Estado, receberia chuvas predominantemente vindas do Oceano Atlântico, ou seja, livre das poluições urbana e industrial da ilha.
O valor de pH tido como parâmetro para a acidez da chuva é 5,6. Valores muito abaixo disso representam chuvas ácidas, como as que ocorrem em São Paulo (entre 4,5 e 5,0). Todavia, processos naturais (como a presença de manguezais, por exemplo) podem “baixar” o valor tido como parâmetro, deixando-o por volta de 5,0. Então seriam consideradas ácidas as chuvas com valores abaixo de 5,0 nestas condições. Pois bem: 47% das amostras coletadas em São Luís apresentaram valores abaixo de 5,6, mesmo em Panaquatira. Todavia, ao se considerar o novo valor (5,0), já que o Maranhão é rico em Manguezais, “somente” 16% das amostras apresentaram valores considerados ácidos, indicando que os processos urbanos e industriais de São Luís podem estar afetando a química atmosférica local.
Chuvas ácidas, de uma forma geral, são causadas pela presença de ácidos nítrico e sulfúrico na atmosfera, oriundos principalmente da queima de combustíveis fósseis (como a gasolina, por exemplo). Como conseqüência, podem causar a acidificação das águas superficiais e da vegetação, bem como diminuir lentamente a fertilidade dos solos e matar espécies sensíveis.
Embora primeiros indícios tenham surgido na dissertação já mencionada, ainda falta muita coisa a ser descoberta e trabalhada. São Luís ainda não conta com um número adequado de cientistas na área para compreender toda a dinâmica atmosférica local. E já tem problemas semelhantes aos de São Paulo. Portanto, é preciso agir. A presença e o acúmulo de diversas substâncias nocivas à vida na atmosfera trazem a necessidade de reflexão e de ações de prevenção capazes de manter a qualidade do ar. Consequentemente, além do esforço de se primar pelos diversos equilíbrios estabelecidos naturalmente, deve-se reduzir a poluição de todas as formas possíveis, de modo a se diminuir os impactos da atividade humana sobre o meio.

Sobre carros e chuva (parte 2)

Mais de 205 mil veículos em São Luís. “Um veículo para cada cinco habitantes”, uma frase que já está se tornando bastante conhecida, principalmente quando lembramos dos muitos minutos (às vezes muitas horas) gastos no trânsito de nossa cidade.
No domingo passado, O Imparcial publicou matéria sobre uma futura expansão da malha viária de São Luís, com a abertura de novas ruas e avenidas para comportar tantos veículos. Bom para o seu trânsito, que se desafoga por alguns anos, porém péssimo para os seus habitantes, mesmo os usuários dos veículos. Vejamos por que.
Vivemos em uma ilha. Naturalmente, nosso “espaço utilizável” é bem mais reduzido que o de outras cidades, e este espaço deve ser dividido entre habitação, lazer, comércio, indústrias e trânsito, como em qualquer lugar. É claro que São Luís ainda tem muita área livre, mas por quanto tempo? O crescimento populacional demandará, primeiramente, mais áreas para habitação, exigindo posteriormente um aumento do número de ruas e avenidas que possam suprir as necessidades de deslocamento das pessoas. Acontece que tanto a primeira quanto a segunda situação reduzirão as áreas naturais da ilha, necessárias para a infiltração de parte da chuva que cai por aqui, através da impermeabilização do solo.
Ora, o caminho natural da água da chuva que não infiltra é a evaporação (em menor escala) ou o escoamento (maior parte do volume da chuva). Então, quanto mais áreas impermeabilizadas nós tivermos, maiores serão as taxas de evaporação (que aumentam o calor aparente) e de escoamento (que trazem diversos problemas associados, como deslizamentos, inundações, entupimento da rede de esgotos e doenças, para citar alguns).
Portanto, planejar o que fazer com nossas áreas livres exige pensar em muito mais do que o número de veículos que circulam pela cidade. Um planejamento verdadeiramente sustentável requer também investir em nossas áreas naturais como centros de visitação, lazer, ou simplesmente manutenção da biodiversidade local; requer investir em ciclovias, que além de oferecerem uma opção para um transporte limpo, favorecem a prática de esportes e uma outra visão da cidade (menos apressada ou estressada); requer investir na melhoria dos transportes coletivos, que diminuem a emissão individual de CO2 atmosférico de cada usuário de veículo automotor; requer investir em segurança pública, para que pequenos trechos possam ser percorridos em uma caminhada em vez de dentro de um carro.
Enfim, um planejamento sustentável deve abranger tanto as necessidades imediatas quanto as necessidades futuras e exige uma visão do papel ecológico que nossa pequena ilha desempenha nos processos globais. Pode ser verdade que São Luís tenha muitos veículos e esteja precisando de novas avenidas, mas também pode ser verdade que São Luís tenha poucas avenidas e esteja precisando de menos veículos.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Biodiversidade e Conservação


O planeta Terra pede socorro...com São Luís não seria diferente!
A diversidade de bichos da ilha anda bem baixa, um dos fatores principais, senão o único fator, seria a ação antrópica.
Essa ação está trazendo várias conseqüências aos animais nativos. Devido a isso, uma parcela de pesquisadores têm uma dedicação extrema a realização de inventários dos animais da ilha...
Conservar é papel fundamental de toda a população, tem-se que tornar hábitos regulares preservar, a vida de muitas espécies e o futuro do planeta depende exclusivamente de cada um de nós.
O Maranhão tem uma extensa área de mangue, um ecossistema responsável pela manutenção da vida, sendo um dos maiores berçários de várias espécies de peixes. Próximo a ele, são encontradas várias espécies da fauna e da flora, de pequenos musgos a plantas de porte maior...e de microcrustáceos a mamíferos de pequeno e médio porte.
A variedade de animais da ilha é importantíssima para a disponibilidade de vida em abundância.
A raça humana deve então, adaptar-se cada vez mais ao planeta e aos bichos que aqui já encontravam-se, aprender a conviver nas diferentes comunidades de animais talvez seja o maior desafio do homem moderno, a natureza depende disso.... e o homem também. É de fundamental importância o reconhecimento que o homem tem que ter da natureza, como fonte de vida e diversidade.
Portanto, uma única palavra resta a ser dita:
'' CONSERVE "
... A NATUREZA AGRADECE.

domingo, 2 de dezembro de 2007

"Dez anos de patrimônio"


"No dia 06 de dezembro, quinta-feira, São Luís completa dez anos como cidade Patrimônio Cultural da Humanidade reconhecida pela Unesco. Conquistamos esse título graças ao belíssimo conjunto de azulejos e casarões coloniais portugueses que formam o acervo do nosso Centro Histórico.


E chegamos a mais esse aniversário em um momento muito rico do processo de revitalização do nosso patrimônio. Temos em pleno funcionamento um Núcleo Gestor do Centro Histórico, que reune representantes do Poder Público nas três esferas - municipal, estadual e federal - e entidades civis diversas com algum foco de ação na área.


Esta união de esforços tornou possível pensar conjuntamente políticas públicas para revitalizar essa região da cidade, que é tão bela, mas que sofre o desgaste do tempo e o desinteresse do setor imobiliário.


Qualquer projeto para o centro passa necessariamente pela revitalização com retorno da habitabilidade e, portanto, com incentivo à instalação de comércio e setor de serviços. Junto com a Caixa Econômica Federal, estamos recuperando casarões com a manutenção da estrutura principal e adaptabilidade para o conforto da moradia moderna. E em breve teremos apartamentos trazendo de volta a população para o centro da cidade.


Estamos também contemplando pela primeira vez a questão da formação de mão-de-obra especializada para o trabalho de restauro do nosso patrimônio. Através da Oficina-Escola de Restauro, estamos preparando dezenas de jovens para o ofício delicado de recuperação de azulejos, madeira, telhados, paredes, enfim de todos os aspectos que envolvem a revitalização de um prédio tombado como histórico.


Assim, estamos garantindo que nossos casarões serão mantidos por mãos hábeis e especializadas, sem que para isso seja necessário importar especialistas. Muito pelo contrário, estamos oferecendo oportunidade de trabalho e renda para nossos jovens, que estão aptos a restaurar imóveis em qualquer lugar do mundo.


Para celebrar este momento singular, estamos realizando dois dias de intensa programação no centro histórico. Vamos ter um seminário para discutir os caminhos de preservação; o lançamento do Certificado de Interesse Cultural, que ao longo de 2008 premiará pessoas e empresas que contribuem para a preservação do nosso patrimônio; exposições e apresentações culturais nas ruas do Centro Histórico; e ainda o lançamento do Guia de Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial, que será mais um incentivo para o desenvolvimento do turismo cultural a partir das belezas originais de cada cidade.


São Luís receberá, ainda no dia 06, os prefeitos e secretários de cultura das outras oito cidades brasileiras que têm o título de Patrimônio Cultural da Humanidade - Ouro Preto, Congonhas, Diamantina, Goiás Velho, São Miguel das Missões, Olinda, Salvador e Brasília. Aqui eles participarão da reunião da Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial, e juntos elegeremos aquele que irá nos suceder na presidência da OCBPM. Enfim, teremos uma grande festa para comemorar um título mais que merecido.


Temos motivos de nos orgulharmos da cidade em que vivemos, pelas suas belezas naturais, pelo seu acervo arquitetônico, pela sua cultura e pelo povo maravilhoso, que é o seu maior patrimônio.


E temos também o dever de tratar com carinho esse conjunto colonial que tanto nos orgulha. Esse dever é de todos nós. O Poder Público faz a sua parte e é necessário que cada um também colabore. Que os donos de imóveis apostem em novos empreendimentos na área. E que cada morador desta cidade, não importa em que bairro viva, seja um fã carinhoso deste incrível patrimônio que é da humanidade e é nosso.


Eu sou fã do Centro Histórico e acredito que juntos vamos mantê-lo vivo e pulsante, como testemunha da história de riqueza cultural de São Luís."


Tadeu Palácio, prefeito de São Luís. Artigo originariamente publicado no "Jornal Pequeno" e no jornal "O imparcial" de 02 de dezembro de 2007.
Foto por Yuri Logrado.

domingo, 21 de outubro de 2007

É este o futuro que queremos para nós?

São Luís está mais quente. Pelo menos, a sensação térmica é de maior calor. E não há como saber se é por causa do aquecimento global ou porque os ventos do Atlântico não alcançam mais o interior da ilha. Somado a isso, temos o aumento da área asfaltada, que acaba retendo mais calor.
Encontrei essa foto na internet e a achei assustadora. A mensagem explícita nessa imagem é de que em pouco tempo o planeta terá derretido totalmente.
Felizmente, nosso planeta não pode derreter; infelizmente, sua água congelada pode, o que aumenta o nível dos mares (inundando áreas costeiras - entre elas, São Luís), muda a direção das correntes oceânicas (derivadas da temperatura da água), altera drasticamente alguns ecossistemas (podendo levar a extinções de espécies), entre outros efeitos danosos.
Mas também há uma mensagem implícita. A casca de sorvete é uma invenção humana e, nessa foto, é por causa da casca que a bola de sorvete (a Terra) saiu de seu freezer (seu estado natural). Sim, nós somos responsáveis pelo aquecimento, e quando eu digo nós, refiro-me a cada um e não somente às grandes empresas. Cada uso de eletrodoméstico gera calor para o meio; cada plástico ou metal utilizado gerará energia térmica para o meio, seja através da sua decomposição, seja através dos mecanismos - artesanais ou industriais - de reciclagem.
A Lei da Entropia é impiedosa, e não freia o seu ritmo para que possamos pensar no que fazer. Pelo contrário, ela age na mesma proporção dos nossos atos não-pensados.
Pode parecer estranho falar sobre problemas globais em um blog sobre uma pequena ilha, mas esta ilha faz parte do conjunto. Há muitos bilhões de anos, ela estava unida à África, e antes disso estava no hemisfério norte do planeta. Hoje onde pisam humanos antigamente pisavam dinossauros. E pode ser que, no futuro, pisem outras espécies onde hoje nós pisamos. A questão principal é se precisamos mesmo desaparecer da história como aconteceu aos dinossauros. E se precisamos fazer isso tão cedo...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Feira do Livro

Essa semana terá início a Feira do Livro em São Luís. Além de ser um espaço próprio para os livrólatras e demais aficcionados por literatura, a Feira do Livro trará atrações que por si só já a tornariam interessante.
A promessa de oferta de 50 mil livros, muitos desses com descontos, apresentações e o contato direto com escritores locais e nacionais fará dessa feira um evento memorável para os ludovicenses que poderão ter um contato direto com Moacyr Scliar e Ariano Suassuna por exemplo, que estarão no Salão do Escritor nos dias 22/10 e 27/10, respectivamente.
Com eventos espalhados em diversos pontos, promete atrair o público com palestras, shows, debates e apresentações de cinema.
Vale a pena conferir a programação no site: http://www.feiradolivro.saoluis.ma.gov.br/ e escolher o evento que deverá participar.
Nos vemos lá.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ser maranhense

maranhense no são joão não tem quadrilha - tem bumba-meu-boi;
maranhense quando se espanta não fala : nooossa! - fala:ééééééguuuaaas!;
maranhense não vai pro reggae - vai pra radiola;
maranhense não fala você - fala tu;
maranhense não usa tiara - usa traca;
maranhense não toma coca-cola- toma Guaraná Jesus;
maranhense não chama atenção - é esparroso;
não existe maranhense gay- existe maranhense qualira!;
maranhense não é moleque -é piqueno;
maranhense não tem filho - tem menino;
maranhense não é convencido- só quer se amostrar;
maranhense não fica com fome - fica brocado;
maranhense não come - ranga;
comida de maranhense não é jantar - é cumê;
maranhense não fica com vergonha - fica encabulado;
maranhense não fica zangado - fica injuriado;
maranhense não vê nada estranho - vê algo cabuloso;
maranhense não espia - maroca;
maranhense não é chato - é ralado;
maranhense não estraga a festa - azia;
maranhense não é mão-de-vaca - é canhenga;
maranhense não sente agonia - e sim arrilia;
marnahense não é o próximo do futebol - é o desafiado;
maranhense não é burro - é abestado;
maranhense não bate- dále;
maranhense não dá um murro - dá um bog;
maranhense não fica intrigado - fica invocado;
maranhense não é rápido - é zilado;
maranhense não vai pra farra - vai pra bagaceira;
maranhense não se apressa - cuida;
maranhense não fala sim - fala uhum;
maranhense não fala não - fala hum hum;
maranhense não fala hã - fala huuum;
maranhense não se fode- se lasca;
maranhense não fica fudido - fica na roça;
maranhense não imita - arremeda;
maranhense não é feio - é uma mucura;
maranhense não é dedo-duro - é inredão;
maranhense não acha uma coisa muito legal - acha fudendo;
maranhense não se manca - se toca;
maranhense não quebra nada - escangalha;
maranhense não é puta- é nigrinha;
maranhense não é ruim - é fulero;
maranhense não toma banho - banha;
maranhense não fica quieto- se acomoda,ou se aquieta;
maranhense não fica satisfeito - fica cheinho.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O rosto da cidade

São Luís tem vários epítetos, dentre eles o de Atenas brasileira, ilha dos amores e Jamaica brasileira. Os dois primeiros são antigos, o primeiro deve-se por a primeira gramática brasileira ter sido escrita na ilha por Sotero dos Reis, que levou ao país a idéia de que os maranhenses falam o português mais correto do Brasil, já o segundo é devido pela quantidade de autores românticos ludovicenses a citar Gonçalves Dias e Aluízio Azevedo, já o último deve-se à profusão do reggae na ilha na década de 70.
No entanto, cabe saber qual a imagem que a cidade deseja manter, posto que Atenas brasileira e ilha do amor estão mais ligados ao passado, mas urge a necessidade de se reforçar o presente. A definição da imagem da cidade passa muito por uma contribuição do poder público, a saber qual feição escondida na cidade será destacada.
A parte cultural da cidade cresce. O POEMARÁ, renomado festival de poesia da cidade chega à sua 21ª edição, sendo uma janela para mostrar porque ainda somos a ilha do amor, com um esforço maior, seja do poder público, seja de uma parceria com o setor privado, esse trabalho poderia ser publicado e divulgado para escolas na cidade e fora da cidade, fazendo juz ao seu tão adorado epíteto.
A cidade respira cultura, mas é uma cultura individual, os atores e escritores ludovicenses veem-se obrigados ser renomados apenas entre seus amigos e familiares, ainda não há um mercado editorial forte na cidade, ou mesmo de quem oriente esses talentos a procurar as editoras mais fortes, de tal modo que, por enquanto, só os ludovicenses ainda conseguem saber que a ilha do amor pulsa ao ritmo do coração dos apaixonados.
Mas isso tudo será em vão se não for observada a qualidade do ensino oferecida à população. Uma avaliação séria tem de ser feita, de tal modo que os alunos não passem de ano apenas, mas adquiram conhecimento à medida que suas mentes forem evoluindo. Os alunos são brilhantes, isso se percebe com uma rápida conversa, mas os Gonçalves Dias e Arthur Azevedo de nossa geração estão se perdendo em um ensino que não está atento a eles. Será esse o novo epíteto da cidade? A ilha do descaso?
O povo sabe o que o povo quer, e nada melhor para uma cidade que ser conhecida pelo seu povo. Mas cabe a pergunta: quem é o ludovicense?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007


Recentemente, o atual prefeito de São Luís, Tadeu Palácio, recebeu um prêmio por excelência administrativa e política, o que só exalta sua capacidade como administrador público. Tadeu Palácio teve uma atuação à frente da prefeitura de São Luís que certamente entrará pra história, a cidade ficou incrivelmente limpa e o orgulho ludovicense foi engrandecido de um modo que a população começa a crer que não mora mais em uma província dentro do Brasil.


Mas seu mandato está no fim e ele não poderá ser reeleito. E como as eleições serão no ano que vem, cabe a pergunta: o que queremos do nosso futuro prefeito? Pior do que receber uma administração destruída é receber o encargo de suceder uma administração exemplar. Cabe a nós identificar quem dos próximos candidatos teria a habilidade gerencial que desejamos para manter a cidade no ritmo que nos acostumamos a ter. Cabe a nós impedir que a politicagem tão rotineira de nosso passado torne a destruir nossa cidade.


O ludovicense nunca teve tanto orgulho de si mesmo. São Luís é a capital da moda, Barreirinhas é a grande atração turística nacional. A cidade em seis anos passou de uma população de cerca de 800 mil pessoas a quase 1 milhão de habitantes, é um crescimento estupendo, que só demonstra o atrativo da cidade para atrair pessoas.


Mas não é só isso, o atual prefeito melhorou o ambiente de negócios da cidade. A revista Você S/A anualmente avalia as principais cidades brasileiras para se trabalhar, considerando fatores como rede de ensino e inteligência fiscal, São Luís foi, ano a ano, subindo posições, tornando-se cada vez mais atrativa e isso nos traz investimentos e riquezas.


A cidade cresce, é um esforço conjunto que faz esse crescimento acontecer, mas não há como ser negada a influência que a atual administração teve nele. Por isso, as próximas eleições são tão importantes, pois teremos de escolher se avançaremos ou retroagiremos nos nossos próximos oito anos.

sábado, 8 de setembro de 2007

395 anos: Parabéns, São Luís!

Mais um aniversário. Mais um ano do qual podemos nos orgulhar de nossa cidade, apesar de todos os atropelos. Residimos em quase quatro séculos de história e não nos damos conta da importância disso. Assim como as pessoas, as cidades são resultado de suas escolhas. Mas, ao contrário das pessoas, uma cidade não toma suas decisões por conta própria. Somos nós que decidimos por ela, somos nós que fazemos sua história e seu futuro.
Você, cidadão ludovicense, tem essa responsabilidade. Você tem o direito e o dever de escolher qual futuro quer para São Luís, mas pedimos que veja sua cidade como vê o seu lar, para lhe fazer justiça; que veja cada ludovicense como um membro da sua família, para crescer junto à cidade, e que veja toda a história da cidade como os alicerces nos quais podemos construir nossos sonhos.
E que venham mais 395 anos! Parabéns São Luís!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Mais um exemplo do descaso do patrimônio.
Hoje, lendo o jornal O Estado do Maranhão, enfim, pude perceber que alguém tem prestado atenção nas obras da cidade.
Um dos pontos mais cobiçados pelos moradores e também um dos mais visitados pelos turistas tem sido alvo do esquecimento por parte da Secretaria de Estado das Cidades e Infraestrutura: a Lagoa da Jansen está literalmente engolindo a sua serpente.
Para enaltecer a magia que cerca São Luís, a Serpente foi construída para realçar o mito de que ela destruiria a cidade. A obra é um patrimônio público, portanto é de interesse comum a sua conservação. "...não zelar por ela é uma falta de compromisso do poder público, que é responsável por ela, a qual não pertence a ninguém, mas sim a toda sociedade", assim disse o artista plástico que a criou, Jesus Santos.
Não é de interesse do nosso blog criticar o Estado, até porque creio que é de suma pequenez indicá-lo como culpado de tudo. Mas, nesse caso, o artista tem toda a razão. Não seríamos nós que deveríamos preservar essa peça que fica no meio da laguna.
O jornal publicou, e eu já havia visto, que partes da serpente estão flutuando livremente pelas águas e ninguém faz nada e uma outra está praticamente submersa. Então , eu questiono, será que eles pensam que São Luís realmente deve viver somente de ruínas no seu meio turístico?
E não é só isso, outro ponto importante da área também está comprometido. O mirante, que foi construído para proporcionar uma melhor visão da área também sofre pela falta de conservação. Há tempos não o vejo, até por falta de segurança, que é outro problema que não vem ao caso nesse momento. Mas o jornal conta que algumas tábuas do seu deck estão soltas e outras quebradas, o que acaba configurando um risco para as pessoas que o visitam.
Não sei se isso se resolverá logo, mas a Assessoria de Comunicação do Governo do Estado declarou que "tanto a serpente, quanto toda a estrutura da Lagoa da Jansen estão dentro de um projeto de reforma geral do ponto turístico que está em fase de licitação e garantiu que após o resultado final, a empresa ganhadora iniciará imediatamente a reforma".
Espero que assim seja. Aguardaremos então.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

CINEMA

Apesar de saber que os longas nacionais não estão na preferência local venho aqui fazer um apelo aos amantes da sétima arte: prestigiem os nossos filmes tupiniquins!!!!!!
É de incontestável veracidade (inclusive para quem realmente não gosta do cinema nacional) que estamos crescendo bastante no que diz respeito às nossas produções. Talvez pela qualidade do elenco, que vem melhorando a cada dia, ou pelo novo foco que os diretores e roteristas estão tomando. Já não somos apenas expectadores de comédias baratas importadas pelo pop art estrangeiro - pra não dizer americano - estamos muito mais interessados em desvendar as peculiaridades locais e consumir o feijão-com-arroz que só a mamãe sabe fazer.
Infelizmente, isso não é de consenso geral. Mas se formos analizar o grande número de pagantes que assistiram o filme da série "A grande família" no começo do ano, observaremos indícios de que a coisa realmente está andando.
Desde que o filme "Central do Brasil" foi indicado ao Oscar, movidos por um certo sentimento de orgulho, talvez, os conterrâneos passaram a prestar um pouco mais de atenção para as nossas lentes, o que de fato foi um grande passo. Nem tanto pelo filme, que apesar de ser bom, não foi um dos melhores já produzidos, mas principalmente pela protagonista: Fernanda Montenegro, que dispensa comentários!
Depois disso vieram filmes muito bons como "Lisbela e o Prisioneiro"; "A dona da história"; "Mais uma vez amor"; "Sexo, amor e traição", "Cazuza" e etc. De todos esses que eu recomendo que assistam, tem um de 2004 que é realmente fantástico e, me perdoem a franqueza, mas é recomendável apenas para quem consegue ver "além das cenas": O filme "Nina" de Heitor Dahlia. Não digo isso só porque é uma adaptação do livro "Crime e Castigo" de Dostoiévski, nem pelas inúmeras premiações internacionais como o prêmio da crítica no Festival de Moscou, mas pela excepcional interpretação de Guta Stresser sem falar de Matheus Nachtergaele, Wagner Moura, Lázaro Ramos e Renata Sorrah.
Bom, eu poderia passar horas indicando filmes nacionais pra quem gosta e pra quem quer conhecer. Mas não me atreveria a rasgar tanta seda pra meus compatriotas. Faço mais. Quem não tem programa nenhum nesse final de semana, vá ao cinema e veja o filme "O Cheiro do Ralo" é uma produção independente com Selton Melo, dirigido por Heitor Dahlia e que já ganhou cinco premiações, poucos cenários mas muita loucura na cabeça do protogonista, vale a pena assistir.
Outra dica, na verdade é mais uma informação. Nessa sexta estréia no Cine Praia Grande o filme "Crime Delicado" de Beto Brant com Matheus Nachtergaele. Drama que conta uma história de um crítico teatral que leva a vida seguindo a razão e é desestabilizado quando conhece uma mulher em um bar. A preços populares o filme será exibido de terça a sábado nas sessões de 16h30; 18h30; 20h30 a R$4,00 inteira e R$2,00 meia pra estudantes e idosos. No domingo o preço é único R$1,00 .
Acho que é hora de deixarmos o preconceito de lado e valorizarmos um pouco mais a nossa própria arte.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Em tempos de greve

Será que a greve é a melhor forma de conseguir algo?A paralisação e a algazarra são os meios mais viáveis de chamar a atenção para o problema que a classe reinvidica?Estamos vivenciando uma greve que parece ser infindável. Os professores da rede estadual pararam e obrigaram aos alunos a fazerem o mesmo. Já são mais de 60 dias.



Não se pode negar que durante muito tempo a greve foi o mecanismo mais propício para escancarar as arbitrariedades da classe empregadora e os maus tratos sofridos pelos trabalhadores. Mostrar à sociedade que há algo errado pisando no calo do principal culpado é realmente muito eficaz, entretanto, será que é justo fazer isso prejudicando terceiros, que nada podem fazer de concreto pra resolver o problema?


É inconcebível que os professores sejam tão humilhados economicamente com a miséria que ganham. E por paixão ou por necessidade, eles buscam aprimorar ainda mais seu conhecimento com cursos e mais cursos que aprimorem seus currículos e lhes propicie maiores gratificações no final do mês. Justo. Agora, é um abuso o que o Estado fez ao retirar essas gratificações, o que acaba igualando um doutor, especialista em uma área com um recém graduado. Notoriamente injusto.


Não quero tomar nenhum partido político aqui. Mas a discussão se volta apenas para saber se a greve é ou não eficaz. Apesar de querer ser imparcial, não tenho como desgarrar-me do fato, posto que faço parte da classe que sofre com o prolongamento dessa paralisação, a dos estudantes. Ciente da fundamental importância das reivindicações feitas pelos mestres digo que já está na hora de haver uma conciliação entre as partes. Ninguém está ganhando nada com isso, pelo contrário, somente os estudantes perdem. Não quero ser egoísta relatando somente o meu ponto de vista, mas sinceramente não vejo futuro nessa balbúrdia que se fornou. Tenho um relacionamento bastante amigável com um dos "cabeças" do movimento e sei que não há definições pra nada. Nem de como anda, nem quando termina.


Talvez o meu jeito introspectivo tende a me direcionar para algo mais pacífico. Um acordo entre as partes poderia ser uma forma de encerrar o caso sem deixar maiores prejuízos a ninguém. Mas o problema é que cada um puxa a corda pro seu lado sem se importar com o outro, que também puxa pro seu e acaba tensionando-a exatamente no meio, só que eu tenho a impressão que é exatamente aí que eu me encontro e meu medo é que a qualquer momento ela arrebente deixando em pedaços um exército de inocentes das mais variadas faixas etárias que terão que se contentar com uma educação muito aquém da que já lhes era oferecida.

A queda da qualidade do ensino é visível, os alunos não podem perder o ano letivo, então a matéria será "passada" e só os alunos saberão como isso ocorrerá. Mas a pior situação de todas é a dos vestibulandos que estão desarmados na reta final da sua luta injusta contra os alunos das escolas particulares no campo de batalha que é o vestibular.

Sem querer perder minha visão romântica do mundo, ainda tenho esperanças que essa situação se resolva o mais rápido possível. Além de fazer um último apelo aos grevistas que em um outro momento analisem outras opções menos danosas aos inocentes que sofrem no meio desse conflito com o Estado.

Até que ponto a greve trará benifícios à classe ainda não descobri.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Aumento no número de veículos...

São Luís passa por um processo de motorização impressionante. A cada ano as concessionárias estão batendo recordes em cima de recordes de vendas. Isso tudo pode advir do aumento de renda da população, das facilidades de pagamento oferecidas, ou até mesmo das políticas bancárias que estão facilitando esse tipo de financiamento, o motivo real não importa. O que salta aos olhos é que a cidade não possui estrutura para comportar esse aumento.
Qualquer motorista na cidade nota que qualquer incidente, por menos que seja, provoca um engarrafamento quilométrico. Além disso, não há mais lugar para se estacionar na cidade, há uma verdadeira luta por espaço nas ruas da cidade. Os flanelinhas comemoram, já os motoristas têm de andar por quadras e quadras para chegar ao lugar em que realmente queria visitar.
Enquanto isso a prefeitura não tem a coragem de ampliar nossas principais avenidas, dentre elas a Jerônimo de Albuquerque que dioturnamente engarrafa. Muito pelo contrário, no lugar de aumentar a infraestrutura, que promoveria uma melhor qualidade de vida à sua população motorizada, ela começa a debater a possibilidade de instalar-se o rodízio de placas, medida que traz transtornos a todas as cidades que já o utilizaram.
Outro ponto que deve ser observado é o estado que os casarões do Centro com o aumento do tráfego em suas vias. Há anos um promotor da cidade luta para que a área proibida para carros seja ampliada, mas apenas quando os casarões começarem a rachar e a cair é que faremos algo, ou será que nem assim?
Urbanistas, juristas, sociológos e economistas de plantão, esse é um assunto que deve ser abordado o mais rápido possível. Não podemos esperar a cidade parar para só então analisarmos esse problema.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Carta aos ludovicenses

Será que alguém já parou pra observar até que ponto o fato de sermos Patrimônio Cultural da Humanidade interfere na vida de cada um?


A maioria da população usa esse título apenas com o intuito de vangloriar-se do fato e esquece que por trás de tudo isso há uma série de implicações no cotidiano não só de quem vive no centro tombado, mas de toda a cidade.


A partir do momento em que esse centro não conseguiu mais suportar as exigências da modernidade e que o eixo de crescimento da mesma mudou para as áreas mais próximas das praias, iniciou-se um conflito entre manter as antigas estruturas ou modernizar. E então o que era centro passou a se chamar de cidade antiga.



Parece que a resposta para esse conflito é evidente até hoje. Escolheram migrar pura e simplesmente para as novas centralidades e deixar o que outrora era o centro de tudo apenas em um passado a cada dia mais distante. E detalhe, esse acontecimento não restringe-se apenas ao deslocamento de famílias, que a princípio foram as precursoras, mas o setor de serviços, comércio e instituições públicas também estão seguindo o mesmo trajeto. Por quê?


Creio que muita gente concorda com o que acaba de ser relatado, entretanto permito-me contradizer-me. O centro ainda é um lugar vibrante. Não apenas por ainda concentrar um grande número de empregos e serviços, mas por abrigar a maior diversidade cultural e social, principalmente nas áreas que mantiveram o uso residencial.


Essa história de querer transformar o centro em algo histórico, como se fosse um grande museu, não trará nenhum diferencial para a cidade e particularmente não tem nada de atrativo. Os nossos casarões não devem ser vistos como peças isoladas desse gigantesco museu a céu aberto. É preciso passar para a população que ainda há vida em meio a essas velhas estruturas, e que por mais que sejam estereotipadas como detentoras da população de baixa renda da cidade, isso não é verdade. Fiz um estudo que comprova que mais da metade dos moradores da área persiste em morar no local por questões pessoais e não econômicas. Ou porque o imóvel é uma herança de família, ou porque fica perto da igreja da qual é membro, ou simplesmente pelos laços de amizade construídos. E é justamente esse o ponto em que quero chegar. De que adianta enxergar apenas as fachadas e esquecer que há vida além delas?


Não moro nessa área, infelizmente, mas pretendo um dia viver em meio a essa poesia que é o centro histórico. Acordar todo dia e perceber que, por mais que as pessoas mudem, a estrutura sólida persiste e que ela não impõe um retrocesso no cotidiano das pessoas, pelo contrário, somente quem possui sensibilidade para tal percebe que viver ali é estar à frente de uma sociedade cega que não percebe o verdadeiro patrimônio que tem.

Por Shenna Dallen

O prazer de ser maranhense



Ser maranhense é ter o prazer de morar em uma cidade que equilibra as suas áreas de mangue e parques estaduais com os prédios do Renascença e da Ponta da Areia. É ter um dos mais belos crepúsculos do país bem no mirante da Laguna da Jansen.
É o prazer de ter um povo simpático e sempre receptivo, ter uma cidade em que você se sente em casa a cada rua que andas, a cada beco que exploras em cada rosto que encontras.
Não há nada melhor que sair à noite para o Centro Histórico. Lá encontra-se de tudo, desde o reggae até a música eletrônica, passando pela MPB e pelo rock. Por possuir uma população heterogênea, São Luís mostra-se como uma das cidades com maior diversidade cultural do país. Em qualquer época do ano há uma manifestação cultural que torna essa cidade única em si.
Uma cidade que respira arte por todos os poros só pode ser estimulante. Conhecer São Luís é ir ao menos uma vez ao teatro Arthur Azevedo, perguntar pra alguém o que quer significar aquela serpente na Laguna da Jansen, vislumbrar-se com os casarões do Centro Histórico e conhecer um pouco de nossa cultura, tão única e tão variada.
São Luís, São Luís, terra quente que nunca me decepciona. A força de sua história ainda é visível na imponência da sua biblioteca e do Palácio dos Leões, a modernidade que lhe arrebata já está visível nas suas praças. Pode-se passar horas só descobrindo as histórias que existem por trás de cada nome dúplice que suas ruas carregam, um trabalho investigativo que nunca é maçante, e muitas dessas histórias podem até ser novas, mas outras denotam do tempo da escravatura e que são passadas de pessoa a pessoa pela conversa em uma fonte, ou enquanto se descansa em uma praça.
Terra de grandes poetas e grandes vozes, São Luís é a cidade que mantém uma guarnicê de vídeo aberta ao público, disponibilizando cultura a quem quer que esteja passando pelo Centro Histórico. Seu festival de poesia mostra à sociedade seus literatos, pois a Atenas brasileira não pode, jamais, perder a via poética que lhe garantiu esse título.
Ah, São Luís, só não te ama quem não te conhece.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Mais um patrimônio...

Ontem, dia 18 de junho, às 15 horas, foi tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio cultural imaterial o Tambor de Crioula, uma dança afro-brasileira encontrada tradicionalmente no Maranhão e praticada principalmente por mulheres.
O patrimônio cultural imaterial são as representações da cultura de um local, transmitidas de geração em geração e que refletem as formas de pensar e ver o mundo. São representadas pelos rituais religiosos, as lendas, as danças, o artesanato, a história, entre outras coisas.
O tombamento ocorreu na Casa das Minas, principal representante dos terreiros de tambor de mina no Estado, e contou com a presença do ministro da cultura, Gilberto Gil. Após o tombamento, os grupos de tambor de crioula presentes saíram em procissão em homenagem a São Benedito, padroeiro da manifestação.
Agora, o Maranhão conta com mais um patrimônio no rol de suas inumeráveis belezas. Em 1997, São Luís recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, por possuir um dos maiores conjuntos de arquitetura civil de origem européia do mundo. Em uma área de aproximadamente 250 hectares, possui cerca de 2500 imóveis tombados pelo patrimônio histórico estadual e cerca de 1000 pelo Iphan.
São essas e outras coisas que nos propiciam o prazer de ser maranhense...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Diversos nomes, um só amor.

Ilha dos amores, Atenas brasileira, Jamaica brasileira, Ilha de São Luís. Essas são algumas das denominações de Upaon-Açu, a ilha situada no centro do litoral maranhense que será tema central deste blog/periódico virtual.


Abordando as mais diversas áreas, esse espaço se propõe a mostrar as mais variadas facetas que essa ilha possui, e acredite, são muitas. Passando por uma análise cultural e artística da ilha, chegando a comentar política e ciência, o único limite que nos impomos é o territorial, ou seja, Upaon-Açu é o nosso tema.


Nessa terra que não está nem ao Norte nem ao Nordeste do país, temos a junção de várias formas de cultura, além da diversidade populacional em si. Composta por quatro municípios, a Ilha do Maranhão é uma das preciosidades escondidas em nosso país.


Seu acervo arquitetônico é tão rico que foi considerado patrimônio da humanidade, com seus casarões no centro histórico contrastando com o skyline dos prédios do Renascença.


O berço de poetas, que usam suas praças como palcos, São Luís respira arte e poesia, com sua guarnicê de vídeo e seu festival de poesia que a cada ano incentivam seus literatos a produzir.


Bem, em um breve resumo é isso que traremos: São Luís em suas várias facetas. Com colaboradores em diversas áreas esse espaço tem a pretensão de ser um canal mostrando São Luís (a verdadeira São Luís, com suas beleza e suas verdades) ao mundo. E você está convidado a participar. Envie sua crítica, sua matéria, sua notícia... Juntos faremos deste blog/periódico virtual este canal para o mundo.